Pra minha Luna!

postado por Natinha

Começo esse post sem saber que título dar a ele. Pensei em chegar aqui e dramatizar um acontecimento triste na minha vida. Mas não vou fazer isso, eu quero que esse post seja alegre, ou pelo menos vou tentar que seja.
Animais de estimação são como um membro da familia, ganham nome e amor. É besteira o que eu to falando?!


Quando eu ganhei a Luna, ela ainda era um bebezinho (pode chamar cachorro de bebê? o.O), estava enrolada num cobertor e me olhava tremendo de medo mas ao mesmo tempo com olhinhos saltados pra fora de tanta curiosidade. Nem preciso dizer que foi amor a primeira vista, das duas partes. Ela me esperava na janela latindo e abanando o rabicó quando eu chegava do trabalho, fazia cara de triste quando me via arrumando-me pra sair, ficava do meu lado com aquela cara "não chora, eu estou aqui com você" quando eu ficava chorando por qualquer motivo que seja. Ia sozinha até a casa da minha melhor amiga que ficava na rua da frente (quando ela aprendeu a abrir a porta) pra me procurar...
Ela era muito boazinha, não tinha um que não chegasse em casa e ela fazia aquela festa (o que não seria muito bom caso um ladrão quisesse invadir minha casa), pra brincar e fazer graça.
Um dos momentos que mais chorei ao me despedir do Brasil foi a hora do adeus a minha Luna, era como se ela soubesse que dessa vez, eu não ia voltar. Eu a peguei no colo e a abracei, ela com suas patinhas curtas, só conseguiu colocá-las no meu ombro junto com sua cabeça, e me deu o famoso "beijo de cachorro". Sai de casa sem olhar pra trás pois eu sabia que ela estaria me olhando pela janela como sempre...
Desde que cheguei no Japão sempre perguntava dela pra minha mãe quando a gente se falava pelo telefone, e eu não me contive de tanta alegria e choro quando ela me disse que a Luna tinha finalmente tido filhotinhos. Queria estar perto dela, que saber como eles são, como seria a minha Luna como mãe. É, minha cachorrinha (que mordia todos os meus chinelos) cresceu!
Foi só os filhotinhos crescerem que ela adoeceu. Disse pra minha mãe fazer o que fosse possível para salvá-la, que eu cobriria todos os gastos. Ela ficou internada por alguns dias mas o veterinário detectou uma doença incurável. Triste fim.
Não tinha mais forças pra levantar da caminha dela, o dia todo deitada, tendo que comer forçada pela minha mãe. E um dia aconteceu, minha mãe foi trabalhar e ela só levantou a cabeça, como quem diz "até logo", ou estava se despedindo vai saber, só sei que quando minha mãe chegou pro almoço ela ja tinha ido embora...

Bom, como eu li no twitter uma vez: "Nascemos sem pedir e morremos sem querer, aproveite o intervalo". E eu espero que eu tenha dado tanta alegria a ela quanto ela me deu, ou até mais. Minha amiga e companheira, que o Papai do céu esteja com você.





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